Somewhere in Time - Richard Matheson
"Typical of me. Thirty-six years old, a crush here and a crush there, a random scattering of affairs that mimicked love. But nothing real, nothing that endured.
Then, having reached a terminal condition, I proceed to lose my heart, at long last, to a woman who's been dead for at least twenty years.
Good show, Collier."
'Somewhere in Time', Richard Matheson
Algures no tempo, Richard Matheson teve esta ideia genial de transformar uma viagem para outra época numa história de amor muito íntima e bonita, que uniu Richard e Elise muito para além da vida. A forma como escreve transporta-nos para a história e para os locais que Richard visita, fazendo-nos apaixonar também por aquela nova vida que conquista.
Richard, argumentista de televisão, vive nos anos 70 a difícil notícia de ter uma doença terminal aos 36 anos. Procura fugir de tudo e todos e acaba no Hotel del Coronado, em San Diego, onde se apaixona por Elise McKenna, uma actriz americana do século XIX que actuou no hotel e cujo retrato se encontra pendurado numa das salas. Todas as suas forças se empenham em saber tudo sobre ela e viajar no tempo para a poder encontrar - o que, aliás, parecia destinado a acontecer neste futuro que já vivia.
Viajamos lado a lado com Richard, que nos acompanha com um relato na primeira pessoa, muito pessoal, com toques dramáticos e humor q.b., na sua descoberta de um novo lugar e de uma nova época mas também na busca da melhor forma para conquistar Elise. Richard é, nesta sua nova personalidade do século XIX, um homem com sentido de humor e com uma grande capacidade de adaptação a todas as adversidades próprias das viagens no tempo.
Amor, vontade, ciência - chamemos-lhe o que quisermos, certo é que ele consegue viajar no tempo e chegar onde mais desejava: junto da pessoa que o esperava sem saber como nem porquê. É uma história fofinha, sobre uma paixão que supera a barreira temporal e tudo o imaginável, mesmo que não seja possível prolongá-la para sempre.
Se é imaginação ou realidade, não importa. Apaixonamo-nos pela forma como Richard deambula pelo Hotel del Coronado (palco de filmes como ‘Some Like It Hot’!), como conqista suavemente Elise e como Elise se descobre a si mesma e à sua feminilidade. Deixamo-nos levar pela verosimilhança da escrita de Richard (personagem e escritor), pela beleza da história e pela originalidade da ficção científica - desta que mistura o drama e o romance com a fantasia, que tanto adoro.
O resultado final é um livro que podia ser um romance lamechas à venda nas livrarias do metro para viajantes com pressa e pouca cabeça, mas que pela forma como está escrito e construído se torna uma obra inesquecível. Assim em inglês, na língua mais crua dos pensamentos de Richard, soa-nos ainda melhor - e é, na verdade, a única forma de o ler no nosso país. Não julguem pela capa, que não merece. E vejam também o filme de 1980 que não lhe fica atrás.
Richard, argumentista de televisão, vive nos anos 70 a difícil notícia de ter uma doença terminal aos 36 anos. Procura fugir de tudo e todos e acaba no Hotel del Coronado, em San Diego, onde se apaixona por Elise McKenna, uma actriz americana do século XIX que actuou no hotel e cujo retrato se encontra pendurado numa das salas. Todas as suas forças se empenham em saber tudo sobre ela e viajar no tempo para a poder encontrar - o que, aliás, parecia destinado a acontecer neste futuro que já vivia.
Viajamos lado a lado com Richard, que nos acompanha com um relato na primeira pessoa, muito pessoal, com toques dramáticos e humor q.b., na sua descoberta de um novo lugar e de uma nova época mas também na busca da melhor forma para conquistar Elise. Richard é, nesta sua nova personalidade do século XIX, um homem com sentido de humor e com uma grande capacidade de adaptação a todas as adversidades próprias das viagens no tempo.
Amor, vontade, ciência - chamemos-lhe o que quisermos, certo é que ele consegue viajar no tempo e chegar onde mais desejava: junto da pessoa que o esperava sem saber como nem porquê. É uma história fofinha, sobre uma paixão que supera a barreira temporal e tudo o imaginável, mesmo que não seja possível prolongá-la para sempre.
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