On Writers and Writing - Margaret Atwood
"So that is who the writer writes for: the reader. For the reader who is not Them, but You. For the Dear Reader. For the ideal reader, who exists on a continuum somewhere between Brown Owl and God. And this ideal reader may prove to be anyone at all - any one at all - because the act of reading is just as singular - always - as the act of writing."
'On Writers and Writing', Margaret Atwood
Margaret Atwood está nas bocas do mundo por causa do seu romance 'The Handmaid's Tale' e a respectiva série da Netflix. Mas há muito mais para descobrir nesta autora de inúmeras obras de prosa e poesia e também desta breve lição de escrita e de vida chamada 'On Writers and Writing - Negotiating with the Dead'.
O objectivo não é ensinar a escrever, essa arte que envolve sempre uma dose de magia, talento e imaginação dentro de cada um. É, sim, dar a conhecer o seu percurso pessoal e profissional e também as suas principais influências, histórias e saberes sobre este talento tão íntimo que conseguiu concretizar ao longo da sua vida. Através da análise do que é o escritor, a sua relação com o leitor (intermediada pelo livro), a sua duplicidade, as razões pelas quais se escreve e a eternidade buscada, Atwood leva-nos numa breve mas intensa viagem pelo labirinto da escrita, perfeita para quem gosta de escrever e/ou tem o sonho de ser escritor(a).
Na capa, uma fotografia da autora enquanto escrevia a sua obra mais badalada, 'The Handmaid's Tale'. A sua preferência por distopias talvez esteja relacionada com um tema muito abordado no livro, a morte física do autor e a sua eternidade literária. Porque uma peça de teatro, uma história contada oralmente ou qualquer outra arte que morra no momento da interpretação não sobrevivem, como a escrita, tal como foram imaginadas pelo seu criador no momento de consumo pelo leitor. E claro que há leitores e leitores, interpretações e interpretações do texto escrito; mas está escrito da mesma forma, para sempre, perdurando como nenhuma outra história.
Fala-se de muitos autores e de muitas obras neste pequeno livro de escrita, as boas influências de Margaret Atwood e que a mostram como, para além de uma escritora que prende da primeira à última linha (mesmo num livro que não tem uma história ou fio condutor definidos), é uma pessoa inteligente e que sabe transmitir de forma interessante a sua sabedoria. De George Orwell e o seu '1984', passando por Graham Greene, Jorge Luis Borges, Ray Bradbury, Frank Kafka, culminando n'O Retrato de Dorian Gray' de Oscar Wilde, Atwood usa excertos destas obras para mostrar o seu ponto de vista sobre escritores, personagens e histórias, bem como sobre o papel do livro nesta mediação com o leitor.
Um livro imperdível para quem se interesse pela autora, por escrita ou pelas histórias em torno das histórias dos livros. Sobretudo se tiverem a sorte de o encontrar muito pouco danificado a 3€ na FNAC 😍
Na capa, uma fotografia da autora enquanto escrevia a sua obra mais badalada, 'The Handmaid's Tale'. A sua preferência por distopias talvez esteja relacionada com um tema muito abordado no livro, a morte física do autor e a sua eternidade literária. Porque uma peça de teatro, uma história contada oralmente ou qualquer outra arte que morra no momento da interpretação não sobrevivem, como a escrita, tal como foram imaginadas pelo seu criador no momento de consumo pelo leitor. E claro que há leitores e leitores, interpretações e interpretações do texto escrito; mas está escrito da mesma forma, para sempre, perdurando como nenhuma outra história.
Fala-se de muitos autores e de muitas obras neste pequeno livro de escrita, as boas influências de Margaret Atwood e que a mostram como, para além de uma escritora que prende da primeira à última linha (mesmo num livro que não tem uma história ou fio condutor definidos), é uma pessoa inteligente e que sabe transmitir de forma interessante a sua sabedoria. De George Orwell e o seu '1984', passando por Graham Greene, Jorge Luis Borges, Ray Bradbury, Frank Kafka, culminando n'O Retrato de Dorian Gray' de Oscar Wilde, Atwood usa excertos destas obras para mostrar o seu ponto de vista sobre escritores, personagens e histórias, bem como sobre o papel do livro nesta mediação com o leitor.
Um livro imperdível para quem se interesse pela autora, por escrita ou pelas histórias em torno das histórias dos livros. Sobretudo se tiverem a sorte de o encontrar muito pouco danificado a 3€ na FNAC 😍
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